quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Lua cheia. ( O ultimo episodio da saga Crepúsculo)
 
Bela e Eduard estavam sentados, no meio de uma clareira, em um velho tronco caído. A sombra do luar os iluminava, suas peles brancas resplandeciam como prata. Bela estava perdida em pensamentos, imaginava quantas luas iguais a esta teriam pela frente. Tinham agora a eternidade para viver este amor. Escolhera entregar-se de corpo e alma a o seu amado. Sua doce mordida lhe abriu um mundo de sensações e prazeres que até então ela nem imaginaria que existisse. Trocara o lobo pelo vampiro. Sua escolha fora acertada, pois agora não precisaria andar de quatro patas e nem ter que suportar aquele pelo todo. Sua visão melhorara muito, enxergava longe como uma águia e a noite como uma coruja. Tinha a força de um leão. E o faro de um cachorro, se bem que as vezes preferia não telo. Não suportava o bafo dos seus amigos vampiros, pensou que também seria prudente usar um bom anticéptico bucal. Era rápida como uma gazela, e riu ao lembrar do seu amigo lobo correndo atrás dos carros.
Sim, era uma nova vida. Ou seria morte? Bem, isto não importava, era feliz e nem precisava dormir num caixão como diziam as lendas. Partilharão a cama somente nos momentos de prazer. Desde que virou vampira não sentia mais os pés de Eduard tão frios como antes. Sempre lhe parecera que ele tinha os pés gelados como um defunto, ora que bobagens pensou ela, o importante agora era curtir aquela noite maravilhosa junto a natureza. Eduard pensava na beleza de Bela (quanta redundância), em como era maravilhoso casar e não ter sogra. Olhando o corpo escultural de bela imaginou-a como ele ficaria como loba, sentiu tezão, nunca lhe falara nada, mas ele tinha um desejo secreto de ser possuído por um lobisomem. Sentir aquele bafo quente na nuca, com aquelas patas peludas lhe arranhando as costas. Sacudiu a cabeça tentando afastar tais pensamentos, afinal ele era um homem, ou melhor dizendo um vampiro macho. Tinha uma reputação milenar a zelar. Só então lembrou que se passaram três filmes e ele ainda não havia comido a Bela. Melhor assim, aproveitava-se da distração já que ninguém pareceu importar-se com isso.
Ambos divagavam sobre suas frias existências que nem perceberam os passos silenciosos que se aproximavam. Bela nada viu, os olhos de Eduard ainda vislumbram por um breve momento a lamina mortal que Blade, o caçador de vampiros, empunhava. A espada de prata que refletia poeticamente a luz da lua cheia.
 
 
Leandro Oliveira de Almeida

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